Quando Hollywood era "maior do que a vida"

Faz hoje 75 anos que "E Tudo o Vento Levou" se estreou em Atlanta (Geórgia): o filme produzido por David O. Selznick continua a simbolizar o cinema como grande espetáculo
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Atlanta, o maior centro populacional do estado americano da Geórgia, tem atualmente cerca de meio milhão de habitantes. Imagine-se o que terá sido o ambiente criado por uma multidão de 300 mil pessoas (muitas delas vindas de fora), ao longo das ruas da cidade, para saudar a passagem das limusinas que transportavam os notáveis que se dirigiam para a estreia absoluta do épico sobre a Guerra Civil americana, E Tudo o Vento Levou - foi a 15 de dezembro de 1939, faz hoje 75 anos.

A sessão correspondia ao clímax de três dias de festejos na cidade, incluindo um baile promovido pela Câmara Júnior do Comércio, em que era obrigatório usar guarda-roupa semelhante ao do filme. Tratava-se, obviamente, do resultado de uma elaborada campanha de lançamento de um espetáculo que as multidões e os Óscares iriam consagrar. De qualquer modo, o evento envolvia especiais ressonâncias simbólicas, desde logo porque Margaret Mitchell, autora do popularíssimo romance que servira de base ao filme (Prémio Pulitzer de Ficção, em 1937), era natural de Atlanta.

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